Bertrand Duarte (à direita) no papel do arquiteto Miguel Lawner em Dawson Ilha 10
O filme Dawson Ilha 10, uma coprodução envolvendo o Brasil (com a produtora baiana VPC Cinema Vídeo), o Chile e a Venezuela, teve estreia nacional adiada para o próximo dia 25 de novembro em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Dirigido pelo cineasta chileno Miguel Littin (Actas de Marusia), o filme conta, no elenco, com os atores baianos Bertrand Duarte e Caco Monteiro.
A participação baiana em Dawson Ilha 10 começou a ser pensada em 2006, quando Miguel Littin, presente em Salvador, conversou com o cineasta Walter Lima, da VPC e idealizador do Seminário Internacional de Cinema, sobre o projeto de filmar o livro de Sergio Bitar, Isla 10. Em 2010, o filme, com roteiro escrito pelo próprio Miguel Littin, foi exibido em primeira mão no Seminário de Cinema. Dawson Ilha 10 apresenta uma das inúmeras consequências do golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet contra o governo chileno de Salvador Allende, em 1973.
As autoridades depostas foram presas e levadas para a gelada ilha de Dawson, no extremo sul do país e submetidas a interrogatórios e torturas físicas e psicológicas. Entre eles, Sergio Bitar, interpretado por Benjamín Vincuña, ministro das Minas e Energia do governo Allende, que escreveu o livro no qual o filme se baseia. Do outro lado, o coronel Lieutenant Labarca, interpretado por Cristián de La Fuente, o oficial do exército encarregado do grupo dos presos políticos levados à ilha.
Bertrand Duarte, reconhecido ator de teatro, cinema e televisão, notabilizado por papeis em filmes como Superoutro e O Homem Que Não Dormia, de Edgard Navarro, vive o arquiteto Miguel Lawner, que então era diretor da Corporação de Melhoramento Urbano. E Caco Monteiro, também ator de cinema, teatro e televisão – como Bertrand, ambos atualmente nas telas em Capitães da Areia –, interpreta um dos homens fortes do governo de Allende, Fernando Flores.
A Ilha Dawson fica ao sul de Punta Arenas, cidade distante 2 mil quilômetros de Santiago, a capital do Chile. Cerca de 600 presos políticos passaram privações no lugar, para onde foVram levados os primeiros 30 prisioneiros no dia do golpe militar, quando o Palácio La Moneda, no centro de Santiago, foi bombardeado por canhões do Exército e aviões da Força Aérea chilena, tendo sido deposto e morto (em condições misteriosas) o então presidente eleito Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973. Liderada por Pinochet, começava então uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina.
Para mais informações consulte o site de Dawson Ilha 10.
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