quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Professora Antônia Vitória Aranha receberá título de Cidadania Honorária de BH.





A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), por indicação do mandato do vereador Tarcísio Caixeta, entregará o título de Cidadania Honorária à Professora Doutora Antônia Vitória Soares Aranha, Pró-Reitora de Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Reunião Especial, no dia 12 de dezembro.
“A Professora Antônia Vitória Soares Aranha simboliza todo o espírito de luta pelos ideais democráticos de liberdade e igualdade. Ao atuar como educadora e pesquisadora da área de Educação, Antônia Aranha potencializa esse espírito, o disseminando em forma de conhecimento entre as gerações. O título de Cidadania Honorária de Belo Horizonte é uma forma que encontramos de manifestar publicamente o respeito e o valor que nossa cidade atribui ao nobre trabalho desempenhado pela a Professora”, ressalta o vereador Tarcísio Caixeta.
Antônia Vitória Soares Aranha possui uma trajetória de vida fortemente marcada pela luta pelos direitos civis, promoção da igualdade racial e inclusão social. O percurso trilhado pela estudante, natural de Rubim, no Vale do Jequitinhonha, desde os tempos de aluna até o presente momento, à frente da Pró-Reitoria de Graduação da UFMG, é perpassado pela tentativa de construção de uma Universidade mais inclusiva e plural.
Ainda criança, Antônia Vitória Soares Aranha mudou-se com os pais e sete irmãos para Belo Horizonte, onde foi aluna de Escolas Públicas da capital durante toda a Educação Básica. No início da década de 1970, Antônia conclui o curso de magistério no Instituto de Educação e ingressa no curso de Química da UFMG, onde conclui sua graduação no ano de 1979.
Durante o período como estudante universitária participou ativamente do movimento estudantil. Contribuiu intensamente na reconstrução da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG), atuando como vice-presidente do Diretório Acadêmico do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) e presidente em dois mandatos do Centro de Estudos de Química da UFMG. Antônia Vitória Soares Aranha passou a atuar também no movimento de anistia, movida pelas perdas do irmão, Idalísio Soares Aranha Filho e esposa, Valquíria Afonso Costa, ambos assassinados nas selvas do Araguaia durante o período de Ditadura Militar.
Estas experiências marcantes permanecem como pano de fundo na formação e atuação acadêmica de, como um viés que orienta o interesse da Professora Doutora pelos temas: formação profissional; saberes produzidos apreendidos e mobilizados na atividade de trabalho; educação, mercado de trabalho, subjetividade do trabalhador.
Como Professora Associada da UFMG, Antônia Vitória Soares Aranha, participa do Programa de Ações Afirmativas, voltado para a promoção de ações de permanência de estudantes negros na Universidade. Enquanto vice-diretora e diretora da Faculdade de Educação da UFMG (FAE). Ajudou também na implementação da Licenciatura indígena, que forma professores indígenas para lecionar nas próprias comunidades indígenas, e da Licenciatura do Campo, que forma professores para atuar em escolas, projetos, entidades e instituições do campo. Atualmente preside a Comissão de Acompanhamento e Avaliação da Inclusão Social (CAIS) da UFMG, que tem como objetivo acompanhar a política de bônus para alunos da Escola Pública e negros.
Para compor a mesa da solenidade foram convidados o Professor Doutor Miguel Arroyo, Professor Emérito pela Faculdade de Educação da UFMG, Professor Doutor José Eustáquio Brito, da UEMG; Mameta Aparasilê, representando as raízes e religiões africanas e a defesa do respeito à diversidade e tolerância religiosa; e familiares da Professora Antônia Vitória Soares Aranha.

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