domingo, 9 de janeiro de 2011

REDE DEMOCRÁTICA



http://www.rededemocratica.org/






Analisando as experiências históricas do socialismo no século XX, chegamos a muitos ensinamentos. Um dos mais importantes foi a compreensão da necessidade da democracia. Já o programa de governo da Ação Libertadora Nacional ALN previa a instauração de uma Democracia Popular. Carlos Marighella e Joaquim Camara Ferreira nossos dois maiores líderes, faziam parte dos antigos dirigentes comunistas que participaram da critica ao stalinismo e dos desvios cometidos na construção do socialismo na extinta União Soviética.






Todos sabem da importância que teve a luta armada nos anos 1960 e 1970 para o desgaste da ditadura civil-militar de direita instalada pelo golpe de estado de 31 de março de 1964. Entretanto, a ditadura acabou sendo derrotada de uma maneira peculiar: através de acordos negociados com a sociedade civil, e não por uma derrota militar que eliminasse todos os vestigios daquele sistema discricionário e autoritário, que mantinha o poder através da força das armas, contrariando a vontade da maioria do povo brasileiro.






O resultado desse processo de negociação e acordos foi o sistema em que vivemos hoje: uma Democracia Domesticada, segundo definição de Luis Felipe Miguel, com a qual muitos democratas concordamos. Com todos os problemas que ainda enfrentamos, esse é o regime que vigora em nosso país, e acreditamos que é a partir dele que teremos que avançar. Em suma, o que a atual correlação de forças nos impõe.






Nossa proposta é lutar pelo aprofundamento e radicalização da democracia no Brasil. Queremos paz, terra, trabalho, liberdade e democracia para todos. Queremos distribuição de renda, democratização dos meios de comunicação e informação. Queremos o fim de todos os preconceitos: de etnia, de sexo, de opção sexual, de aparência. Queremos, portanto, o respeito às diferenças, opções religiosas e concepções de vida. Exigimos a abertura dos arquivos da ditadura, pois temos direito à memória e à verdade. Somente conhecendo nossa História, impediremos os retrocessos autoritários.






Consideramos importante a construção de uma ampla rede democrática que sirva de instrumento para essa luta. A forma que encontramos é manter o jornal Rede Democrática. Ele deixa de ser um jornal de campanha e passa a existir inicialmente na Internet, atualizado uma vez por semana, e contar com a colaboração de todos que quiserem participar. Nossa proposta é imprimir, no ano que vem (2011), dois números, um em cada semestre, com a pretensão de aumentar a frequencia.






Convidamos todos a participarem da construção de uma Rede Democrática pelo aprofundamento e radicalização da democracia no Brasil, com o objetivo de libertar nosso povo do autoritarismo, dos preconceitos, da intolerância e da exploração do homem pelo homem.
Um grande abraço,
Carlos Eugênio Clemente

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