Em 1967, a ALN iniciou ações para sua estruturação, como assaltos a bancos, expropriações de carros pagadores e outras. Em seus melhores momentos, tinha nos estudantes a maioria de seus militantes, que foram a linha de frente da organização. Dos quatro sequestros realizados no País, participou de dois. O primeiro, junto com o MR-8, foi o do embaixador norte americano Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969, que conseguiu a libertação de 15 presos políticos. O outro foi o do embaixador alemão Ehrefried Von Holleben, que libertou 40 presos políticos e como o primeiro teve grande destaque na imprensa, divulgando a sigla da organização e a idéia da luta armada.
Marighella foi morto em uma emboscada montada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, no dia 4 de novembro de 1969, em São Paulo, na alameda Casa Branca. Joaquim Câmara Ferreira (o "Velho" ou "Toledo"), jornalista e ex-membro do PCB desde a década de quarenta, dirigiu a ALN a partir daí até sua morte em 23 de outubro de 1970, delatado por José Silva Tavares, o "Severino", que teria sido torturado após ser preso. Joaquim Câmara foi torturado até a morte pelo Delegado Fleury e membros de sua equipe.Em 1970, Eduardo Collen Leite (codinome Bacuri), um importante membro da ALN, é preso pela equipe do delegado Fleury. Bacuri morre após 109 dias de tortura, totalmente mutilado.
Pouco tempo antes, em 11 de junho de 1970, Collen Leite foi o responsável direto pelo assassinado seu companheiro de grupo Ari Rocha Miranda.
Em 1971, um grupo de dissidentes que havia efetuado treinamento de guerrilha em Cuba, criou o Movimento de Libertação Popular (Molipo). A maior parte de seus militantes de linha de frente foi morta até 1974 e depois disso a ALN apenas sobreviveu ao cerco montado pela repressão.
O único comandante da ALN ainda vivo é Carlos Eugênio Paz, conhecido por Clemente nos tempos de guerrilha. Carlos Eugênio entrou para a ALN aos 17 anos e participou de diversas ações visando o combate a ditadura. Por ser o homem mais procurado pela repressão ele se exilou na França em 1973. Viveu por lá até 1981. Até outubro de 2009, havia publicado os livros "Nas trilhas da ALN" e "Viagem à Luta Armada".A ALN constantemente disseminava para a população seus ideais de luta contra o regime militar e pela instalação de uma ditadura comunista no Brasil por meio de panfletagem e discursos
Quem estuda o marxismo sabe que a fase da tomada do poder pelo povo é chamada de 'ditadura do proletariado', mas o objetivo final é permitir que o próprio povo - e só ele - governe. Claro que é um projeto bastante ambicioso e complexo, já que nem todos têm a mesma disposição para a vida política e espírito de cooperação. Faltou aos militantes de esquerda daquela época a percepção de que não bastava chamar o povo para derrubar a ditadura, pois ele não iria - e sem o povo não há revolução de verdade. Esse mesmo erro é repetido hoje por muitos militantes de esquerda, que acabam engrossando as fileiras de partidos emergentes cujo objetivo principal é deter o poder formal, ainda que com um discurso calcado no socialismo. Esses partidos criticam o governo atual por não fazer a revolução, mas não a fariam se estivessem em seu lugar. Sem o povo não há revolução, não adianta marcar para amanhã ou depois que não acontece!
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