terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Solidariedade ao cartunista Carlos Latuff



Nota do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro:

Em 2009, o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro homenageou o cartunista brasileiro Carlos Latuff, com a Medalha Chico Mendes de Resistência, por suas brilhantes charges que criticam os que violam os direitos humanos, nacional e internacionalmente.

Esse lutador pela paz entre os povos tem sido chamado de antissemita por aqueles que usam o antissemitismo para defender Israel, independente de suas ações contra os palestinos. A organização Simón Wiesenthal, um centro criado para caçar criminosos nazistas da Segunda Guerra, acaba de incluí-lo em uma lista das dez organizações ou pessoas consideradas mais antissemitas do mundo.

Em entrevista à Folha de São Paulo, Latuff disse: "Não é uma crítica ao conteúdo de minhas charges, é uma tentativa de associar questionamentos quanto à postura do Estado de Israel ao sentimento antijudaico, criminalizando a manifestação e buscando confundir a opinião publica". Diz também que as portas podem se fechar para os que retratam a causa palestina, mas que ele vai continuar fazendo desenhos que “defendam os palestinos, os indígenas no Chile, contra a violência policial no Brasil". "É preciso que seja útil para os manifestantes, e que eles possam usar aquilo como uma ferramenta."

Cartunista Carlos Latuff desenha a si mesmo recebendo medalha do centro Simon Wiesenthal

O ódio da extrema direita judaica, que é contra os que criticam Tel Aviv, alimenta o anunciado conflito armado entre Israel e o Irã. O Centro Simon Wiesenthal considerou o cartunista brasileiro Carlos Latuff o terceiro maior inimigo de Israel no mundo. Os dois primeiros são o líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e Ahmadinejad, o presidente do Irã.

Segundo Silvio Tendler o nome de Latuff está sendo usado por uma organização fanática e radical. Wiesenthal, ele mesmo, sobrevivente da estupidez nazista, era um obstinado – e legítimo – caçador de criminosos de guerra, que haviam cometido todo o tipo de atrocidades contra seu povo.

O GTNM/RJ se alia a todos os que têm se manifestado indignados por este ato de direita que, equiparando sionismo com semitismo, defende Israel a qualquer custo e mistura nazistas com militantes dos direitos humanos.

Pela Vida, Pela Paz

Tortura Nunca Mais!

Rio de Janeiro, janeiro de 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário