quinta-feira, 31 de maio de 2012
Ex-ministro assina carta e pede investigação de preso político
Documento é endereçado à ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
‘Governo tem obrigação de fazer diligências’, diz Nilmário Miranda.
Nilmário Miranda assina carta de proteção a ex-delegado do Dops.
O ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, assinou nesta quarta-feira (30), em Belo Horizonte, uma carta pedindo a proteção do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), Cláudio Guerra, que atuou durante a ditadura militar. O documento é endereçado à atual ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes.
Nilmário, que atualmente é conselheiro da Comissão da Anistia do Ministério da Justiça, se baseou em informações do recém lançado livro – Memória de uma Guerra Suja – com depoimentos do ex-delegado Guerra a respeito de revelações sobre o desaparecimento de Nestor Vera, dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que teria sido sequestrado no dia 1º de abril de 1975, em frente a uma drogaria na Avenida Olegário Maciel, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. No livro há informações de que Vera teria sido enterrado há cerca de 50 km da capital mineira.
De acordo com Nilmário, esta é a primeira informação que surgiu depois de 37 anos. O ex-ministro enfatizou a importância de uma investigação mais profunda. “O governo tem obrigação de fazer diligências”, disse o ex-ministro. Para Nilmário, mesmo que a investigação demore, a denúncia deve ser apurada. Nilmário informou também que a proteção do ex-delegado é importante, pois ele pode ter mais informações para ajudar nas investigações. “Pela importância do depoimento dele, ele [ex-delegado Cláudio Gerra] tem que ser protegido”, afirmou.
José Francisco Neres, membro do PCB há 52 anos, foi uma das últimas pessoas que esteve com Nestor Vera, antes do momento do desaparecimento. “Ele [Nestor Vera] estava se despedindo, pois havia informações que ele já estava ficando queimado aqui”, relatou Neres.
A proteção do local onde Vera teria sido enterrado também faz parte dos requerimentos presentes na carta.
(Foto: Pedro Cunha/G1)30/05/2012 20h31 - Atualizado em 31/05/2012 11h32
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temos de punir
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